terça-feira, 16 de junho de 2015

O Nome da Rosa

Resenha do filme O Nome da Rosa

01/02;2015 Nos domínios da Psicologia: Resenha do filme O Nome da Rosa

O filme O Nome da Rosa baseado no livro homônimo de Umberto Eco, retrata o cotidiano de um mosteiro beneditino abalado por uma série de mortes de monges ocorridas sem explicação inicialmente. Os acontecimentos coincidem com a visita do monge franciscano William que acompanhado de seu noviço, Adso, chega com o intuito de participar das discussões a respeito da doação de bens aos necessitados e a condição de pobreza ou não dentro da Igreja Católica.
O mosteiro era famoso por sua coleção de livros, guardados na biblioteca secreta para impedir o acesso da maioria das pessoas, mantendo o poder do conhecimento sob controle da Igreja Católica. O período está marcado pelo teocentrismo, já que os fatos se desenrolam em plena época medieval. A atmosfera sombria do mosteiro em adição ao pensamento vigente ligado ao sobrenatural, levam os monges a acreditarem que as mortes se devem a intervenções demoníacas, e impedem toda e qualquer tentativa de esclarecimento racional.
William, renomado pelo uso da lógica e busca da verdade, utiliza-se de sua inteligência, seu aprendizado filosófico e de seus métodos de investigação baseados na lógica e na observação minuciosa das evidências, para investigar as mortes, chegando à conclusão de que todas as mortes estavam ligadas à leitura de uma obra rara e proibida. Entretanto, existe uma forte determinação entre os administradores do local em manter as versões místicas, em detrimento da verdade apontada, e assim mesmo depois de todas as evidências, o abade não permite que William entre na biblioteca oculta aos demais. Buscando encobrir os fatos, é convocado o inquisidor Bernardo Gui, que conduzirá um tribunal inquisidor para acusar os suspeitos de bruxaria e envolvimento com as trevas. Entre os acusados está uma jovem que vende seus favores sexuais em troca de alimentos. A condição da mulher é de inferioridade, ligada ao pecado e responsável pelo aliciamento dos homens ao mal.
Durante o julgamento, William contrapõe os argumentos do inquisidor-mor, na tentativa de inocentar os acusados, e então é incluído no rol de suspeitos e passa a situação de acusado de heresia. Desenrola-se então uma corrida contra o tempo para encontrar o livro proibido e livrar todos os acusados. Tendo penetrado na biblioteca e encontrado Monsenhor Jorge de posse da obra, trava-se o diálogo que esclarece a motivação para as mortes. Sendo a obra escrita por Aristóteles que promovia o riso e a alegria, segundo a interpretação do Monsenhor Jorge o fato de rir levaria o homem a duvidar e desrespeitar até mesmo Deus. Na tentativa obstinada de impedir o acesso do conteúdo aos demais, este monge decide envenenar as páginas com Arsênico e assassinar aqueles que não morressem graças a este artifício.
Um grande incêndio provocado pelo assassino descoberto e a revolta dos habitantes da região em torno do mosteiro pela condenação da jovem à fogueira impedem a concretização dos planos do inquisidor de levar William ao tribunal de Roma para acusação. Desta forma William e seu discípulo, Adso, vão embora do mosteiro e seguem destinos diferentes no decorrer de suas vidas. Sendo que o discípulo afirma nunca mais ter avistado seu mestre e já na sua velhice narra os fatos ocorridos nestes dias passados no mosteiro beneditino assombrado pelas mortes misteriosas e seus desdobramentos fantásticos.